À Gaia
Poemas e Poesias

À Gaia



(Seed - Johann Wilhelm Weinmann)
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À GAIA
(André L. Soares – 22.10.06 – BsB/DF)
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Chão!
Faça alguma coisa
em prol desses teus filhos,
traga uma dose
de dor e de martírio
a quem quer que explore
essa pobre gente;
e aos que te semeiam as sementes,
veja se lhes reserva dias melhores.
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Chão!
Apesar dos frutos e das flores,
eu custo a acreditar
que aqui ficaste inerte,...
ouvindo calado, tanta lamúria.
Por que não te convertes
no lobo dos injustos...
...sugando, aos milhares,
os faustos malfeitores?
.
Chão!
Talvez não seja tarde...
mas de que serve a tua piedade
se dada a quem não merece?
Acorda e ouve atento,
todas as tantas preces
das nações carpideiras,
que não suportam mais a exploração.
.
Então, abre veio em ti,...
Chão...
cospe de teus vulcões, agora...
tua raiva em lava, lança fora
e em catarse, erga uma bandeira
em prol dos infelizes.
Rasga tua carne em sismos,
inunda os latifúndios,
engula os edifícios,
devora os palácios,
inova esses espaços,
redesenhando o caos!...

Lança o planeta inteiro no escuro,
contanto que desapareçam os maus,
mesmo que sobrem apenas
cinco ou dez... pessoas puras,
terá valido cada rachadura e ruga
de tua pele... Chão.
.
Depois, volta a dormir,
por incontáveis eras...
assenta o pó e a poeira...
e por que não?
Os poucos que ficarem,
por certo, saberão
fazer um mundo novo e melhor,
após tua justiça
feita de cataclismos...
Chão!

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