Definitivamente, eu sou a melhor mãe do mundo!
Eu justifico o porquê: apesar de não ter nascido pra isso, eu me supero!
Inventei de levar meu filho ao Jóquei Clube de Santa Maria, onde supostamente pousariam os balões participantes te um Evento Internacional de balonismo.
O stress começa num Engarrafamento Internacional na Venâncio Aires, de carona com uma amiga que narrava entusiasmada como tinha se saído bem numa pista de cart na tarde anterior e de como depois disso arrancou o espelho de uma moto; narrava enquanto se retocava no retrovisor.
“Jonas, não ponha a cabeça para fora. E você, olhe para frente.”
Falei isso alternadamente, inúmeras vezes, até chegarmos.
Pois bem, chegamos lá e estavam exibindo aeromodelos e suas acrobacias aéreas. “Puxa que legal!”
O mateadores começaram a falar entusiasmados como deve ser legal ter um... os marmanjos, porque o Jonas estava puxando um cavalo pela corda. Sim, ele já tinha passado uma cerca e estava tapado de terra, vermelha! Ele limpou o suor do rosto com as mesmas mãos. Ele comeu algodão doce. Céus...
Os comentários positivos sobre os aviõezinhos foram se esgotando, até que se tornaram reclamações e por fim, secretos desejos de manobras desastradas, só pra animar o evento.
Até que, finalmente, aponta um balão no céu! Quanta alegria! O Jonas já não me dava mais ouvidos e seguia perseguindo um novo amigo com torrões de terra.
Horas intermináveis até que todos os outros dez balões salpicassem o quadro da cidade. Chegaram a despertar a esperança nos pobres espectadores ao se aproximar, mas ganharam altitude e distância, até que sumiram.
Acredito que quem mais se decepcionou, entre todos da multidão, foi o narrador. Quando um balão em forma de bolo (surreal) surgiu por detrás dos eucaliptos esse cara se emocionou e começou a organizar aos gritos uma grande recepção, fazendo alusão ao aniversário da cidade e encorajando o pessoal a cantar parabéns quando ele pousasse. Eu queria ter visto ele pousando...
Foto de Júlia
Como eu ia dizendo, ganharam altitude e distância.
Mesmo assim, não se dando por vencido, fez uma contagem regressiva e cantou, quase sozinho, os parabéns... enquanto o bolo sumia no horizonte...
Somente um balão marqueteiro pousou.
Bom, não dá para reclamar, afinal ainda se tinha a opção de se dar uma volta de balão, por uma bagatela de 250 reais.
E o Jonas, ao chegar em casa me pergunta:
-A gente pode comprar um desses mãe?
-Não filho, não viu que não cabe no nosso pátio?
(faz sinal de que não viu direito, estava ocupado se encardindo...)
- Entra pro banho moleque!